O idoso atualmente, pratica esportes, viaja, dança. Muitos voltaram para a faculdade, outros fazem cursos de curto prazo, como informática, fotografia, pintura, música, dança de salão, etc. O importante é movimentar o corpo e exercitar o cérebro. O tempo do idoso coitadinho ficou no passado.
Incapazes, inúteis, ultrapassados e desinformados, essas qualidades estão pouco a pouco sendo deixadas de lado pelos idosos brasileiros. Segundo a pesquisa Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade, realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc São Paulo, os idosos avaliam que envelhecer hoje é melhor do que já foi na época em que eram mais jovens, mesmo com as debilidades físicas eles conseguem dar a volta por cima e driblar o desânimo.
Conhecidos como "novos velhos", eles têm independência financeira, agenda cheia, vitalidade e prazer em viver. De acordo com a presidente do departamento da Sociedade Brasileira de Gerontologia e Geriatria, Jussara Rauth, as pessoas estão descobrindo o viver mais, com mais liberdade, revendo valores e formas de vida. "Esse movimento acontece de maneira muito individual. A nova geração de idosos vê a sua realidade, não se preocupa com o futuro e revela o grande segredo: gostar de viver", afirma.
Com o lema: envelhecer é um privilégio, Francisco Battistin, de 84 anos se aposentou aos 65 e, desde então, mantém uma chácara que produz hortaliças para o restaurante da família. Dia após dia ele levanta às quatro da manhã, carpina, planta, colhe e faz da venda da produção seu sustento. Saudoso, ele afirma: "Nunca tive medo de envelhecer. Quando ficamos mais velhos precisamos ocupar a mente de alguma forma, então fui à luta, comecei de novo e hoje colho os frutos desta atitude".
Questionado sobre os benefícios que a idade lhe trouxe, responde sorrindo: "Eu me sinto satisfeito, feliz e experiente. Tenho prazer em viver e passar aquilo que aprendi para os meus sobrinhos - netos (já que ele nunca se casou e nem tem filhos)" e ainda conclui aos risos, "só agora, com idade que eu tenho comecei a me sentir mais velho, mas isso não me pára não".
Segundo a gerontologista, como em qualquer idade, o segredo está na tomada de decisão e de consciência para não se tornar um idoso ocioso. "Para isso é necessário informação sobre os riscos da inatividade e conseqüências para a saúde. Ter autonomia e independência traz uma boa qualidade de vida, e as pessoas só têm isso quando se posicionam", afirma.
IDOSAS DE ITAJUBÁ/MG NO 32º ENCONTRO DA FELIZ IDADE EM SÃO LOURENÇO/MG
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