Por: Eduarda Carvalho 16/02/2014
Constanza Pascolato, ícone de elegância no Brasil, lança o livro "O Essencial", que funciona como um guia de moda e elegância, com dicas de como se vestir na terceira idade
A empresária e consultora de moda Constanza Pascolato, considerada um ícone de elegância no Brasil há décadas, relançou, recentemente, através da editora Jaboticaba, o livro “O Essencial”, cuja primeira publicação aconteceu em 1999. A edição atual, que funciona como um guia de moda e elegância, traz como novidades, fotos contemporâneas, um capítulo sobre compras pela internet e um texto inédito sobre maturidade, com dicas sobre a forma de vestir na terceira idade. De acordo com Constanza, a inclusão do capítulo foi motivada por algumas razões.
“O Brasil mudou muito. Lembro que, na década de 40, os idosos não andavam muito nas ruas. E, ao comparar períodos mais recentes, como a realidade de hoje com a de 15 anos atrás, quando lancei o livro pela primeira vez, também é possível ver muitas diferenças deste âmbito. Hoje, vejo a terceira idade vivendo com mais energia e aceitação em relação aos outros e a si mesma. Outro motivo foi a minha curiosidade pessoal em acompanhar o comportamento das pessoas ao longo do tempo”, revela a consultora.
Assim como o comportamento e por consequência dele, é visível que a moda para a terceira idade também se encontre em um processo de reinvenção. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não há tendências específicas para o segmento.
“A terceira idade era presa a determinadas fórmulas para se vestir, entretanto, não existe mais uma ditadura em termos de moda. Antes, este público se vestia de maneira bem mais formal e, agora, assim como acontece na moda para outras idades, há uma mistura de estilos. Todos, de alguma forma, querem parecer mais jovens”, afirma a empresária, que atenta para outro fato:
“A moda para a terceira idade está se transformando em um nicho forte de mercado, assim como aconteceu com o plus size (roupas para manequins maiores). Desta forma, o púbico pode esperar que as grifes apostem cada vez mais no segmento para idosos”, completa.
E sobre a tão discutida etiqueta, no que tange às restrições de alguns tipos de roupa nesta fase da vida, Constanza afirma que o importante é se sentir bem. Ela conclui, ainda, com um conselho:
“A elegância não está relacionada à etiqueta, mas à adequação. Acredito que, como a terceira idade geralmente enfrenta outras pequenas situações como dores no corpo, quilinhos a mais, ou simplesmente não querer mostrar alguma parte do corpo, as roupas não devem somar aos motivos de incômodo. É fundamental se vestir em ordem, mas, acima de tudo, estar confortável. É como eu escrevi no livro e como sempre digo: “Respeite sua essência. Seja você mesma. É o jeito mais inteligente de construir seu estilo, sua maneira de viver e de se vestir.
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