Cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano e, de cada dez tombos, sete ocorrem dentro de casa. Questões hormonais e a osteoporose contribuem para que as mulheres sofram mais quedas do que os homens e o risco de fraturas aumenta com a idade.
Com isso, 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos e 28% em homens da mesma idade resultam em fraturas. O risco pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos e mais de dois terços dos que caíram sofrerão nova queda nos seis meses subsequentes.
Uma lesão grave e muito comum ocorre no colo do fêmur e o tratamento cirúrgico tem riscos para os mais velhos, que muitas vezes estão debilitados.
O presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Flavio Faloppa, disse que 10% das quedas resultam em ferimentos graves.
O tropeço e a queda sinalizam fragilidade e podem estar relacionados a medicamentos e outras doenças. A professora Helena Watanabe, enfermeira especialista em idosos da Faculdade de Saúde Pública da USP, falou sobre as privações aos mais velhos. *Ouça no áudio
Quem lida diariamente com senhoras e senhores de 70, 80 e 90 anos conhece bem os cuidados que precisa adotar. Falando à repórter JOVEM PAN Renata Perobelli, a voluntária Miyoko Obara, do Centro-Dia do Idoso Fragilizado, descreveu sua prática diária.
"O idoso não caminha sozinho, tem sempre o olhar de um cuidador do lado. Nós tomamos muito cuidado no banheiro, que tem que estar sempre com o piso seco. Não andar de chinelo, principalmente, dentro de casa", explicou.
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