sábado, 2 de novembro de 2013

MENINA XII

Nessa época a menina encontra o grande amor da sua vida. Pequeno na estatura, mas um verdadeiro gigante. Achou-a diferente,  até mesmo esquisita. Então com ele, aprendeu a viver, descobre que a vida não é somente trabalhar e estudar, descobre que pode e deve ser feliz. A profissão dele exige que parta para muito longe, para uma região que ela somente conhecia nas aulas de História e Geografia e em janeiro de mil novecentos e setenta ela vai ao seu encontro. Está na fronteira Brasil/ Bolívia, conhece a ferrovia Madeira Mamoré, construída para cumprir o tratado de Petrópolis. Conhece pessoas maravilhosas, crianças inteligentíssimas e é com elas que a menina vai trabalhar, conhece um padre salesiano com quem aprendeu muito, cada dia é um novo aprendizado sobre a vida. Sofre com as picadas de borrachudo, pium, meruim, muito pernilongo, aprendeu a comer carne de caça. Não conseguiu comer tartaruga, tracajá e jabuti. Teve a felicidade de conhecer a selva amazônica antes da chegada  de sulistas e outros. Trinta e um anos depois retornou e região e em silêncio chorou de tristeza ao ver que onde era selva transformou-se em pastos.
Armazém Ferrovia Madeira Mamoré
Floresta amazônica

Casas da ferrovia, posteriormente residência de militares
 Igreja
 Trem da ferrovia era Maria Fumaça como as nossas da época

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